Na Ilha dos Pássaros

A empresária Amparo Costales ficou cativada pela arquitetura de Oslo e pela natureza norueguesa. Até apanhou bacalhau

Pablo León

PABLO LEÓN

14 FEV 2014 – 00:00 CET

A cultura nórdica atraiu a atenção de Amparo Costales. A empresária, que presidiu à Associação de Hospedeiras e Modelos e fundou a plataforma de inovação turística Seven Arts Tourism, aterrou em Oslo para descobrir “uma arquitetura inigualável e uma sociedade muito coesa e cosmopolita”.

O que é que o surpreendeu na capital da Noruega?

Fiz uma visita guiada arquitetónica que me deixou impressionado. Comecei na Ópera, desenhada pelo gabinete de arquitetura norueguês Snøhetta; segui para Tjuvholmen, um bairro que reúne obras de grandes arquitectos contemporâneos, e acabei na antiga zona industrial de Vulkan. Depois embarquei.

Ele foi para o mar?

Estava na bela cidade de Bergen, que parece um museu urbano ao ar livre. E de lá fui visitar ilhas de barco.

Que ilhas visitou?

Vários, mas sobretudo recordo a Isla de los Pájaros. Fica dentro da reserva natural de Gjesvaerstappan e, embora não se possa sair do barco por se tratar de uma área altamente protegida, é impressionante ver as aves empoleiradas nas saliências das falésias. Vimos papagaios-do-mar e também corvos-marinhos, guillemots e águias-pescadoras. Fiquei a rir. Depois visitei o Cabo Norte.

É aqui que o Oceano Atlântico e o Oceano Ártico se separam…

Sim, é um daqueles lugares onde o mundo acabou; um finis terrae com um penhasco de 307 metros. O centro de visitantes explica a história deste lugar mítico.

Ele não relaxou nem por um momento.

Sim, no hotel de gelo Sorrisniva Igloo Hotel, em Alta, na Lapónia. As paredes, o chão e até os copos estão congelados. A temperatura interior situa-se entre -4 e -7°C e os quartos estão equipados com cobertores térmicos e sacos-cama. Para o atravessar, usa-se roupa térmica que não deixa perder calor.

Mais alguma experiência?

Outra coisa que nunca tinha feito antes era pescar bacalhau e fomos passar um dia no mar. Falaram-nos deste peixe enquanto recurso, da forma como é tratado, das formas de o cozinhar e, claro, da pesca tradicional.

E o famoso creme dos pescadores noruegueses?

Sim. A água está gelada e o convés está muito frio. Andam sempre com o unguento: nos lábios, no rosto e nas partes mais expostas. São muito metódicos; nunca tinha estado envolvido em nada deste género.